Fundado em 20 de Outubro de 2008, na cidade de Vila Velha-ES, somos um grupo de amigos/protetores dos animais, que os amam de forma incondicional e, nos preocupamos com a preservação de suas vidas.


Sem fins lucrativos, trabalhamos voluntariamente na elaboração de eventos beneficentes e na sensibilização do ser humano em prol dos animais.

Não possuímos abrigo, nem fazemos resgates, apenas apoiamos e divulgamos protetores independetes e entidades voltadas para essa questão.



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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

O Brasil sabe socorrer os seus animais?

As conseqüências das enchentes em Santa Catarina são um amargo exemplo das proporções que um desastre pode tomar

O ano de 2008 ficará marcado para os moradores das cidades catarinenses atingidas pelas fortes chuvas das últimas semanas. De acordo com dados da Defesa Civil, até o momento foram registradas mais de uma centena de mortes e mais de 30 mil pessoas desabrigadas.
O número impressiona, mas não revela tudo o que foi vivido durante e após aqueles dias. Famílias que perderam tudo – entes queridos, bens materiais e até a própria referência. Diante de tal cenário, como ficam os bichos?
De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), até a última terça-feira foram enterrados 1500 animais, a grande maioria bovinos. “As propriedades rurais próximas ao rio Itajaí - Mirim foram as mais prejudicadas”, comenta o gerente regional da Cidasc de Itajaí, João Carlos dos Santos.
Em catástrofes dessas dimenções, os animais ocupam um 2º plano na ordem das prioridades. No entanto, seja por questões humanitárias ou de saúde pública, a Defesa Civil e demais autoridades são obrigados a seguir procedimentos padrões e medidas emergenciais que atendam questões básicas como vacinação, medicamentos, abrigos, alimentos, etc. para as vítimas não-humanas.

Itajaí e Blumenau

Embora os dois municípios sofram igualmente as conseqüências das enchentes, encontram soluções distintas no auxílio e ações preventivas com relação aos animais atingidos.
“A AIPRA (Associação Itajaiense de Proteção aos Animais) redigiu um pedido ao prefeito oficializando a necessidade de um hospital de campanha ou lugares de atendimentos na cidade, para que todos os animais sejam assistidos”, informa a voluntária Cristina Freitas. Entre outras atividades, Cristina organiza a distribuição das doações destinadas à associação na sede da Defesa Civil.
Ao contrário de Lajes, Joinville e Itajaí, em Blumenau não há um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). “Aqui na cidade ocorrem ações isoladas de membros da associação protetora de animais, que por sua vez recorrem ao poder publico municipal em busca de parcerias. A ajuda começa a adquir contornos mais definidos, mas nem sempre é rotineiro.” desabafa Marilena Turra, médica veterinária da Gerência de Saúde de Blumenau. Todos são unânimes sobre a urgência da construção de um CCZ na cidade.
As mobilizações em torno da tragédia se apóiam fortemente em blogs, redes (RESA) e ongs como a APRABLU (Associação Protetora de Animais de Blumenau). “Nós aqui fazemos de tudo. Eu me surpreendi o quanto as pessoas são ligadas na causa, até assustei!”, exclama Bárbara Lebrecht, presidente da organização. Foram muitas as situações dramáticas: “As famílias saíram para os abrigos sem levar seus bichos, não imaginavam que a Defesa Civil as impediria de voltar pois suas casas estavam sob risco de desabamento. Um casal de idosos voltou para buscar seus animais e morreu soterrado. Foi terrível.”, recorda.
Diante desse cenário a ARCA Brasil mobilizou a Veterinária Solidária na região, Eliane Gierus, para agir coordenadamente em apoio às vítimas. “Em toda minha vida sempre atendi situações de carência, não seria nessa hora que eu fecharia os olhos”, disse a médica ao colocar-se à disposição.
A eficácia do trabalho das entidades que atuam nos aspectos sociais depende de uma organização adequada. “As ONG’s de proteção animal se mobilizam de forma apaixonada e com rapidez, mas sofrem com a falta de estrutura. Daí a necessidade de uma ação coordenada, que possa dar vazão às manifestações de solidariedade” pontua Marco Ciampi, presidente da ARCA.

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