Fundado em 20 de Outubro de 2008, na cidade de Vila Velha-ES, somos um grupo de amigos/protetores dos animais, que os amam de forma incondicional e, nos preocupamos com a preservação de suas vidas.


Sem fins lucrativos, trabalhamos voluntariamente na elaboração de eventos beneficentes e na sensibilização do ser humano em prol dos animais.

Não possuímos abrigo, nem fazemos resgates, apenas apoiamos e divulgamos protetores independetes e entidades voltadas para essa questão.



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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vira-Lata: esperto, fiel e carinhoso

Eles não estão à venda, não possuem pedigree nem sequer têm uma raça definida. Popularmente conhecidos como vira-latas, esses cães desprezados por muitos ganharam espaço em muitas famílias de Uberlândia e, hoje, adotar um cãozinho abandonado é mais que uma boa ação: é a certeza de ter por perto um fiel companheiro.

A comerciante Inez Cristina Bueno possui três cachorros, sendo dois Yorkshires e outro sem raça definida (SRD). Entre eles, a comerciante não tem dúvida em afirmar que a vira-lata Titi é a mais fiel e carinhosa. “O vira-lata é um cão muito carente e grato. De alguma forma, ele sempre tenta recompensar seu dono por tê-lo tirado das ruas”, disse.

A cadelinha Titi está na casa de Inez há três anos. Foi encontrada em uma caixa com uma ninhada de filhotes. Titi estava fraca e precisando de cuidados. “Minha intenção era ficar com ela por no máximo um mês. Consegui doar todos os seus filhotes, mas não tive coragem de devolvê-la para a rua. Ela é uma cadelinha que não dá nenhum trabalho”, afirmou Inez, que sempre leva no carro um saco de ração para alimentar os cães de rua. Apaixonada por animais, Inez já perdeu as contas de quantos vira-latas salvou. “Eu nasci assim, não posso ver um cão abandonado que dou logo um jeito de cuidar dele”, disse.

Associação em Uberlândia precisa de ajuda

13 anos, a Associação de Proteção Animal (APA) realiza um trabalho com cães abandonados encontrados debilitados ou que foram atropelados. O presidente da Associação, Inácio Dimas,explica que a entidade não tem condições de ajudar mais animais, pois sobrevive unicamente da doação da comunidade.

“Não recebemos nenhum apoio da Prefeitura ou de empresas particulares, por isso priorizamos animais que chegam aqui com algum problema de saúde”, disse.

A APA possui hoje 260 cães e 150 gatos, todos disponíveis para doação. Eles vivem em uma chácara na cidade que está sendo reformada para melhorar a qualidade de vida dos animais.

“No momento estamos precisando muito de doação de materiais para construção, como cimento, cascalho e brita”, disse o presidente da APA, que também precisa de ração, remédios e mão-de-obra. “Quem quiser realizar um trabalho voluntário nos fins de semana para nos ajudar será bem-vindo.”

Os interessados em ajudar a APA ou em adotar um cãozinho devem ligar para (34) 9909-1588/ 9991-6336/ 9928-6912. Os responsáveis pela associação buscam a doação em qualquer lugar de Uberlândia.

Professor tem 42 cães em sua casa

O professor Hamilton Rocha leva uma vida dedicada aos cães. Ele diz que sempre gostou dos animais e há 15 anos conseguiu colocar em prática seu sonho de tirá-los da rua.

“Desde que fiquei independente dedico parte da minha renda aos cães. Graças a Deus nunca deixei de ajudar um e se eu vir na rua um cão abandonado e não ajudá-lo, eu nem durmo direito”, afirmou.

Ele considera uma missão cuidar de cachorros e tem hoje em sua residência 42 cães e gasta cerca de R$ 800 por mês com os bichos. O professor é também um dos voluntários da Associação de Proteção Animal (APA). “Fico sem pagar minhas contas para não deixar faltar comida para eles. Sei que esse tipo de coisa não tem explicação, mas para mim isso é uma coisa que vem de Deus”, disse.

Ter uma atitude como a do professor Hamilton não é nada fácil. Muitas pessoas que amam os animais deixam de recolher um cachorro na rua por não ter condições financeiras para cuidar dele. Principalmente se ele estiver machucado.

Na cidade não existe um hospital veterinário que atenda gratuitamente animais doentes ou machucados. E para piorar a situação, quase não existem veterinários que façam um trabalho voluntário”, afirmou a publicitária Camila Souza.

Ela disse que a última vez que pegou um cão na rua gastou cerca de R$ 250 com despesas na clínica, entre consulta, banho, vermifugação e vacinas. “Se a classe de médicos veterinários se conscientizasse desse importante trabalho poderíamos salvar muito mais cãezinhos. O cachorrinho que peguei na rua foi castrado e hoje vive muito feliz em uma família que o recebeu”, disse Camila.

O Centro de Controle de Zoonoses de Uberlândia não possui um programa de recolhimento dos animais na rua, que funciona por meio da solicitação da população nem mesmo um programa de controle da população canina, por meio da castração.

“Os cães saudáveis são encaminhados para adoção e os que possuem alguma doença infectocontagiosa são eutanasiados”, afirmou o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Uberlândia, Adalberto Pajuaba Neto.

Sobre o vira-lata

* Eles podem não ter a beleza de um cão de raça, mas quem tem um vira-lata em casa afirma que eles são mais espertos e simpáticos do que qualquer cão de raça com pedigree

* O vira-lata é resultado de cruzamentos aleatórios entre cães sem raça definida (SRD)

* A maioria deles possui pelo curto e cores variadas

* Mesmo sem comprovação científica, muitas pessoas ainda afirmam que o vira-lata é um cão mais resistente às doenças do que os cães de raça

* Os SRD são espertos e fáceis de serem adestrados

* Ao encontrar um cãozinho na rua pense duas vezes antes de deixá-lo ali. Procure um médico veterinário para orientar sobre os primeiros cuidados e adote um!

Fonte: Correio de Uberlândia


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