Não caia nessa estória de que o animal tem medo de ir ao pet shop porque não gosta de tomar banho. Isso é mentira! Aonde o animal é bem tratado ele não fica com medo de voltar.
Como os animais não falam, eles expressam através do seu comportamento o quanto estão sofrendo. Algumas situações que devem ser observadas:
1º) Observe se o animal chega sonolento. Muitos pets dopam os animais para conseguirem tratar o maior número de cães, pois com os animais dopados não dão trabalho para os tosadores. Por isso desconfiem dos pets que pedem para deixar o animal e marca o horário de buscar, ou o horário de levar o animal para casa, somente muitas horas depois. Opte sempre em buscar o animal ao invés de usar o serviço de retorno do animal pelo pet. A desculpa é sempre a mesma: tem que esperar o veículo encher de cachorro para fazer a entrega de cada animal.
2º) É comum o pet shop não deixar o dono do animal permanecer com ele durante o banho e a tosa, alegando que o animal dá mais trabalho quando está perto do dono. Isso é mentira! O animal fica mais confiante quando o dono está perto. Qualquer desculpa, desconfie!
3º) Observe se animal chega dolorido. Muitos animais apanham durante o banho e a tosa. Levam cascudos, tapas, levam escovadas na cabeça e nas costas.
4º) Observe se o animal chega ferido e queimado. Muitos animais são feridos e queimados. Voltam para casa com a pele avermelhada e ardida por causa da alta temperatura do secador que fica muito tempo em um mesmo lugar. A brutalidade na escovação dos animais provoca ferimentos.
5º) Observe se o animal reage de maneira agressiva ao retornar para casa. Muitos animais quando são violentados nos pets shops ficam violentos com seus donos quando voltam para casa.
6º) Muitos animais ficam horas em gaiolas apertadas, as vezes com outros animais, e sem água.
7º) Vários pets shops usam a mesma toalha em vários animais, transmitindo doenças de pele.
8º) Muitos pets shops dão banho nos animais com "sabão de lavar roupa" o que pode causas alergias, irritação e coceiras.
9º) Já houve caso de cachorros fugirem dos pets.
10º) Cadelas já engravidaram nos pets.
11º) Muitos pets shops são imundos e tem muita sujeira, como algodão com sangue, restos de comida, baratas, seringas (usadas para anestesiar os animais) ao alcance de outros animais, gazes usados, bastante lodo no tangue aonde são lavados os animais e muito lixo.
12º) Verifique a parte interna da boca do seu animal, pois muitos animais são amordaçados de maneira bruta e acaba sendo machucados na boca.
13º) Muitos pets deixam o cão sozinho em cima da mesa, com a coleira da tosa no pescoço, o cão pode cair da mesa e morrer enforcado.
ATENÇÃO!Já houve casos de animais que morreram
Além disso, é extremamente importante que haja um veterinário responsável pelo pet shop. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) supervisiona os pet shops quanto à existência de um veterinário responsável pelo estabelecimento para responder pela qualidade dos serviços, condutas adequadas de manejo dos animais, orientação de higiene e produtos utilizados.
Segundo a Dra. Ivana Carvalho, veterinária da Pet Society, primeiro de tudo é necessário verificar as condições de higiene do local, como dejetos de animais acumulados, excesso de pelos, que podem trazer pulgas e carrapatos; higienização da mesa onde é feita a tosa, que deve ser limpa com álcool; utilização de toalhas previamente esterilizadas, observando se estas não estão encardidas; e o uso de desinfetantes e germicidas. Ivana ressalta também a importância de fazer a higienização das lâminas e a troca das mesmas antes da tosa. O dono do animal deve ainda se informar quais as condutas e que tipos de produtos são usados no pet shop e se o profissional conhece a raça a ser tratada.
Quando o pet vai para o banho é importante que o dono procure um pet shop que tenha um local onde ele possa visualizar o que está acontecendo com o animal e o tratamento que ele está recebendo. Produtos de qualidade também devem ser verificados, pois se o banho for feito com xampu inadequado, com pH muito alcalino, ou mesmo receitas caseiras, a pele do animal passará de ácida para alcalina, ocasionando problemas como dermatite, seborréia e alergias. A veterinária ainda aconselha que os donos de pets procurem saber qual a procedência dos produtos e a seriedade e tradição das marcas de produtos utilizados durante o banho.
Para o serviço ser tranqüilo e de qualidade, o esteticista Willian Galharde, do Pet Center Marginal, de São Paulo, pede para o dono ter atenção também ao algodão parafinado (hidrófobo), que deve ser colocado nos ouvidos do animal para impedir que a água entre em contato, evitando assim problemas de otite. “O dono deve procurar sempre o mesmo esteticista para realizar o banho, pois ambos se acostumam e se educam, criando assim uma afinidade entre eles. Para ficar calmo na hora do banho o animal precisa de adaptação e de uma rotina”, completa Galharde.
De acordo com o esteticista, quando não for possível o pet realizar o banho com o profissional que já está acostumado, o dono deve procurar por outro que tenha a mesma técnica de trabalho. Alguns lugares treinam equipes para atender a diferentes tipos de animais. “O bom trabalho é aquele realizado em equipe, com profissionalismo, boas técnicas e produtos de qualidade. É um conjunto de todas essas coisas”, diz Willian Galharde.
Fonte:
Dra. Ivana Carvalho, veterinária da Pet Society
Willian Galharde, esteticista do Pet Center Marginal
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