Brasil
Instituições protetoras se unem para diminuir o sofrimento de humanos e de animais na tragédia de SC (11/12/2008)
Os números da tragédia ocorrida
Um levantamento da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do Estado (Cidasc) indica que mais de 1,5 mil animais de grande porte mortos nas enchentes foram enterrados. A região de Itajaí registrou o maior número – 1,3 mil bovinos, 200 ovinos e sete eqüinos. A recomendação dos especialistas é para que os animais de pequeno porte – gatos, cachorros, roedores e aves - mortos em áreas urbanas, sejam colocados em sacos plásticos e encaminhados aos aterros sanitários.
De acordo com a Associação Itajaiense de Proteção aos Animais – AIPRA - estima-se entre setecentos e mil cães mortos. “Muitos foram abandonados ou esquecidos pelos donos. Alguns não puderam ser retirados das casas”, diz o presidente da associação Roberto Antônio Pereira.
Ação
O Instituto Ambiental Ecosul reuniu-se com diversas ONGs, representantes da Defesa Civil e autoridades veterinárias e sanitárias e está percorrendo áreas atingidas, para visitar abrigos e outros locais de manutenção de animais, assim como contribuindo no resgate de outros em áreas de risco. A instituição está coordenando a rede solidária no recebimento e distribuição das contribuições enviada por pessoas e outras instituições de proteção animal do país.
A WSPA está contribuindo com recursos financeiros, enviados ao Instituto Ecosul, além do apoio técnico em campo da médica veterinária e Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil, Drª Mônica Almeida. A gerente também deverá reunir-se com representantes da Anclivepa e do Conselho Regional de Medicina Veterinária para tratar de atividades de vacinação e outras ações emergenciais.
Halem Guerra Nery, coordenador do Ecosul, está à frente dos trabalhos da RESA, coordenando a logística das doações para que todos os recursos financeiros e materiais cheguem ao seu destino e minimizem o sofrimento dos animais. Segundo ele, a instituição deverá publicar um balanço das doações recebidas, assim como a destinação das mesmas. Nery integra um grupo que está percorrendo diversas regiões, incluindo a localidade denominada “Morro do Baú”,
Em seu relato sobre a situação encontrada nos locais visitados, Halem disse que muitos canis foram atingidos pelas enchentes. “A situação é alarmante em todos os locais, sendo que em Florianópolis não há tantos problemas quanto nas demais”, afirma. Segundo ele, a Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB montou uma estratégia para dar os primeiros socorros aos animais e conta com o apoio de veterinários e estudantes voluntários. O coordenador explica que a estimativa é de que
Bárbara Alebrecht, da Associação Protetora de Animais de Blumenau, afirmou que a ajuda que chega de outras instituições e pessoas é grande. “Temos recebido tanto em espécie como em ração e medicamentos, além de palavras de conforto e solidariedade de todos”, diz ela.
Reflexão
Em carta divulgada no início de dezembro, 18 professores de universidades catarinenses e centros de pesquisa alertam para necessidade de se fazer uma reflexão sobre a tragédia
No texto, os professores enfatizam como se dá a dinâmica natural dos solos e regime climático e defendem que as alterações desse arranjo, feitas pela ação humana, foram as principais causas dos movimentos de massa que ocorreram em toda a região. “Portanto, precisamos evoluir muito na forma de gestão urbana e rural e encontrar mecanismos e instrumentos que permitam a convivência entre cidade, agricultura, rios e encostas. Por isso tudo, essa catástrofe é um apelo à inteligência e à sabedoria dos novos ou reeleitos gestores municipais e ao governo estadual, que têm o desafio de conduzir seus municípios e toda Santa Catarina a uma crescente robustez aos fenômenos climáticos adversos", concluem.
A tragédia ocorrida
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