THAÍS FONSECA
03/12/2008
Cães podem apresentar sinais de tristesa ao perder a companhia de outro bicho
Perda de apetite, uivos e semblante triste são alguns dos sintomas que muitos bichos de estimação apresentam após a morte de um companheiro, no caso outro animal. Embora as reações não sigam um padrão, o "clima de luto" entre cães e gatos é apontado como algo visível por donos que chegam a procurar a ajuda de um veterinário.
A jornalista e fundadora da ONG Adote um Gatinho Juliana Bussab afirma ter visto de perto as reações de perda de cães e de gatos. Uma das situações aconteceu entre dois de seus cães, um husky siberiano e um weimaraner, apresentados já adultos um para o outro. A convivência, difícil no começo, se transformou em amizade e, anos depois, em tristeza, após a morte do segundo. "O husky não queria comer e começou a deitar onde o outro descansava", diz. Preocupada, Juliana levou o cão ao veterinário e, cerca de três meses depois da morte do amigo, as melhoras começaram a aparecer.
Já entre os gatos, ela diz que observou a relação entre dois gatinhos da mesma ninhada, acolhidos pela ONG. Com a morte do macho, a fêmea começou a chorar com freqüência e procurar o companheiro, mas acabou superando sozinha em alguns meses. "Ela foi adotada e hoje está linda", conta.
A veterinária Angélica Lang Klaussner, atuante na Adote um Gatinho, com experiência nas duas espécies, diz que casos como esses são comuns, embora também existam cães e gatos que não esbocem qualquer reação com a morte de outro.
Entre os que demonstram tristeza, ela diz que o tempo é um bom remédio mas, se surgirem sintomas físicos, o melhor é procurar auxílio clínico. Também aconselha os donos a não cometerem um erro comum em casa, que acontece principalmente com cães: lembrar o animal da perda como, por exemplo, perguntar onde o outro está ou mencionar com freqüência o nome dele. "O melhor é não lembrá-lo da morte do amigo", diz.
Outra pergunta freqüente entre os donos é se devem ou não adotar um animal, para suprir a falta do outro. A veterinária diz que, em sua opinião, a adoção pode ser saudável para companhia, mas é preciso tomar cuidado com uma diferença muito grande de idade ou de temperamento. "Colocar um filhote com um animal mais velho pode não ser uma boa idéia", alerta.
A jornalista e fundadora da ONG Adote um Gatinho Juliana Bussab afirma ter visto de perto as reações de perda de cães e de gatos. Uma das situações aconteceu entre dois de seus cães, um husky siberiano e um weimaraner, apresentados já adultos um para o outro. A convivência, difícil no começo, se transformou em amizade e, anos depois, em tristeza, após a morte do segundo. "O husky não queria comer e começou a deitar onde o outro descansava", diz. Preocupada, Juliana levou o cão ao veterinário e, cerca de três meses depois da morte do amigo, as melhoras começaram a aparecer.
Já entre os gatos, ela diz que observou a relação entre dois gatinhos da mesma ninhada, acolhidos pela ONG. Com a morte do macho, a fêmea começou a chorar com freqüência e procurar o companheiro, mas acabou superando sozinha em alguns meses. "Ela foi adotada e hoje está linda", conta.
A veterinária Angélica Lang Klaussner, atuante na Adote um Gatinho, com experiência nas duas espécies, diz que casos como esses são comuns, embora também existam cães e gatos que não esbocem qualquer reação com a morte de outro.
Entre os que demonstram tristeza, ela diz que o tempo é um bom remédio mas, se surgirem sintomas físicos, o melhor é procurar auxílio clínico. Também aconselha os donos a não cometerem um erro comum em casa, que acontece principalmente com cães: lembrar o animal da perda como, por exemplo, perguntar onde o outro está ou mencionar com freqüência o nome dele. "O melhor é não lembrá-lo da morte do amigo", diz.
Outra pergunta freqüente entre os donos é se devem ou não adotar um animal, para suprir a falta do outro. A veterinária diz que, em sua opinião, a adoção pode ser saudável para companhia, mas é preciso tomar cuidado com uma diferença muito grande de idade ou de temperamento. "Colocar um filhote com um animal mais velho pode não ser uma boa idéia", alerta.
Gatos podem sentir falta do companheiro
A idéia de adotar uma nova companhia, no entanto, não é consenso entre especialistas. Para o veterinário e especialista em comportamento animal Mauro Lantzman, o melhor é deixar que o bicho encare o luto para superá-lo, até porque, diz, o amigo é insubstituível. "Os animais têm uma história e um envolvimento com o outro que não podem ser substituídos".
Diz ainda que, na perda de outro bicho, o luto dos animais costuma ser mais curto que o dos humanos. "Os animais podem ficar tristes por alguns meses, mas com o tempo se acostumam". Nos meses em que há tristeza, ele sugere tratamento e atividades como passeios e brinquedos que possam estimular um comportamento mais alegre.
Tempo e paciência também são indicados aos donos que têm mais de um cão ou gato em casa e que notam um problema: as brigas entre os bichos. Segundo o veterinário, isso acontece por que, com a ausência de um, começa uma reorganização entre os que ficaram na casa.
Nestes casos, o comportamento dos cães e o dos gatos são diferentes. Entre os gatos, explica, haverá disputa pelo território que ficou vago, já que os bichanos, mesmo que os donos não percebam, tem um "acordo" para dominar determinados espaços.
Já entre os cães, no caso da morte de um animal "dominante", há disputa por "status" pelos que ficaram, como a de definir quem vai comer primeiro ou chegar primeiro para cumprimentar o dono. "Eles brigam por um lugar numa determinada hierarquia", explica.
Diz ainda que, na perda de outro bicho, o luto dos animais costuma ser mais curto que o dos humanos. "Os animais podem ficar tristes por alguns meses, mas com o tempo se acostumam". Nos meses em que há tristeza, ele sugere tratamento e atividades como passeios e brinquedos que possam estimular um comportamento mais alegre.
Tempo e paciência também são indicados aos donos que têm mais de um cão ou gato em casa e que notam um problema: as brigas entre os bichos. Segundo o veterinário, isso acontece por que, com a ausência de um, começa uma reorganização entre os que ficaram na casa.
Nestes casos, o comportamento dos cães e o dos gatos são diferentes. Entre os gatos, explica, haverá disputa pelo território que ficou vago, já que os bichanos, mesmo que os donos não percebam, tem um "acordo" para dominar determinados espaços.
Já entre os cães, no caso da morte de um animal "dominante", há disputa por "status" pelos que ficaram, como a de definir quem vai comer primeiro ou chegar primeiro para cumprimentar o dono. "Eles brigam por um lugar numa determinada hierarquia", explica.
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