Do Diário do Grande ABC
Chloe usa sapatos, tem cozinheiro particular, adora roupas e coleiras de grife, só passa perfume francês e odeia fazer coisas de cachorro, como latir e correr atrás do próprio rabo.
A chihuahua mimada, estrela do filme Perdido pra Cachorro, em cartaz nos cinemas, é um pouco exagerada, mas foi inspirada em muitos cachorrinhos que são tratados como gente.
Os donos estão cada vez mais apaixonados por seus animais de estimação e não percebem que, muitas vezes, exageram na dose de atenção.
O próprio diretor do filme, Raja Gosnell, diz que se inspirou na relação homem-cachorro para o roteiro. "Chloe vive de acordo com a ideia de que tem essa vida porque merece e aquele é seu lugar. Não tem noção de sua origem", fala.
Quem transformou Chloe, mesmo sem querer, em cachorro mimado foi sua dona, Vivian. Afinal, os animais carregam as mesmas características do dono.
NÃO É GENTE! - Mas, para a especialista em comportamento animal, Rubia Burnier, é preciso deixar claro que cachorro não é e nunca vai ser gente. "O que é bom para os humanos, nem sempre é bom para eles. Felicidade é um conceito humano. O que importa para o bicho é ter conforto e viver bem."
O psicólogo da Unifesp, Murilo Batisti completa: "Hoje o pet é um integrante da família. Por um lado, favorece a troca de afeto, de carinho; por outro, facilita o isolamento. As pessoas estão deixando de viajar por causa do cachorro."
O dono precisa primeiro atender às necessidades básicas do animal, como alimentação adequada e higiene, cuidados médicos, como vacinas, e carinho, para depois se preocupar com o resto, segundo a veterinária Cleiser Kurashima."Não adianta deixar bonitinho e descuidar da saúde. Tem de respeitar a tolerância de cada raça."
Na opinião de Cleiser, apesar de muitos insistirem em tratá-lo como gente, o animal nunca perde o instinto. "Pode deixar de lado por não precisar usar mais (como Chloe que, no filme, esquece até de latir). É por isso que muitos ficam com medo e não sabem como agir quando encontram outro cachorro. E isso é mau." O correto é tratar bicho como bicho!
A chihuahua mimada, estrela do filme Perdido pra Cachorro, em cartaz nos cinemas, é um pouco exagerada, mas foi inspirada em muitos cachorrinhos que são tratados como gente.
Os donos estão cada vez mais apaixonados por seus animais de estimação e não percebem que, muitas vezes, exageram na dose de atenção.
O próprio diretor do filme, Raja Gosnell, diz que se inspirou na relação homem-cachorro para o roteiro. "Chloe vive de acordo com a ideia de que tem essa vida porque merece e aquele é seu lugar. Não tem noção de sua origem", fala.
Quem transformou Chloe, mesmo sem querer, em cachorro mimado foi sua dona, Vivian. Afinal, os animais carregam as mesmas características do dono.
NÃO É GENTE! - Mas, para a especialista em comportamento animal, Rubia Burnier, é preciso deixar claro que cachorro não é e nunca vai ser gente. "O que é bom para os humanos, nem sempre é bom para eles. Felicidade é um conceito humano. O que importa para o bicho é ter conforto e viver bem."
O psicólogo da Unifesp, Murilo Batisti completa: "Hoje o pet é um integrante da família. Por um lado, favorece a troca de afeto, de carinho; por outro, facilita o isolamento. As pessoas estão deixando de viajar por causa do cachorro."
O dono precisa primeiro atender às necessidades básicas do animal, como alimentação adequada e higiene, cuidados médicos, como vacinas, e carinho, para depois se preocupar com o resto, segundo a veterinária Cleiser Kurashima."Não adianta deixar bonitinho e descuidar da saúde. Tem de respeitar a tolerância de cada raça."
Na opinião de Cleiser, apesar de muitos insistirem em tratá-lo como gente, o animal nunca perde o instinto. "Pode deixar de lado por não precisar usar mais (como Chloe que, no filme, esquece até de latir). É por isso que muitos ficam com medo e não sabem como agir quando encontram outro cachorro. E isso é mau." O correto é tratar bicho como bicho!
Difícil dizer o que é luxo e o que é conforto para cachorro. Na verdade, é preciso pensar o que os faz viver bem e saudáveis. Todos precisam dormir e comer, ter água fresca e sombra disponíveis, passear, fazer exercícios físicos, tomar banho, receber tosa higiênica, tomar vacina e ganhar atenção.
Como o bicho não sabe falar, cabe ao dono ficar sempre de olho nas reações para saber quais são os seus limites. Se ele se sente bem quando coloca roupinha, tudo bem vesti-lo. Se demonstrar irritação ou ficar parado como estátua, não tente de novo. Ele não gostou!
Outros luxos, como alisamento de pelo, tintura, unhas pintadas, devem ser mais bem avaliados, segundo os veterinários. Será que o desejo não é apenas do dono, já que o animal desconhece essas mordomias?
Mas atenção: se for usar algum produto químico, é preciso sempre seguir as instruções de especialistas e usar os específicos para animais . Nada de substâncias que servem aos humanos. Hoje, existem os mais variados produtos e muitos são criados pensando na saúde e longevidade dos pets, como protetor solar e pasta de dente.
Como o bicho não sabe falar, cabe ao dono ficar sempre de olho nas reações para saber quais são os seus limites. Se ele se sente bem quando coloca roupinha, tudo bem vesti-lo. Se demonstrar irritação ou ficar parado como estátua, não tente de novo. Ele não gostou!
Outros luxos, como alisamento de pelo, tintura, unhas pintadas, devem ser mais bem avaliados, segundo os veterinários. Será que o desejo não é apenas do dono, já que o animal desconhece essas mordomias?
Mas atenção: se for usar algum produto químico, é preciso sempre seguir as instruções de especialistas e usar os específicos para animais . Nada de substâncias que servem aos humanos. Hoje, existem os mais variados produtos e muitos são criados pensando na saúde e longevidade dos pets, como protetor solar e pasta de dente.
O parente mais antigo do cão é o lobo. Conforme o homem foi se desenvolvendo, o lobo foi se aproximando de sua casa e passou a comer os restos do que ele produzia. Daí percebeu que não precisava mais caçar.
Os homens também simpatizaram com os animais e passaram a aproveitá-los para realizar tarefas, como puxar trenós. As novas gerações foram nascendo cada vez mais dependentes e, por fim, os cães foram domesticados. Depois, passaram a ser símbolos de status na sociedade.
No século 2, os antigos romanos e chineses começaram a experimentar a seleção de espécies e criaram as raças (hoje, são mais de 400). Assim, podiam criar um cachorro para cada tipo de dono. Com isso, os animais ficaram menores, mais frágeis, menos bravos, mas ganharam mais doenças.
Agora, o chihuahua - raça de Chloe, a cadelinha do filme - é a queridinha da vez. Por ser a menor e a mais leve (varia de meio quilo a 3 quilos), cabe em todos os lugares. A fama da raça ficou ainda mais evidente depois que algumas celebridades, como Paris Hilton e Britney Spears, apareceram com seus cachorrinhos dentro de bolsas de grife e com coleiras cheias de brilhantes.
Os homens também simpatizaram com os animais e passaram a aproveitá-los para realizar tarefas, como puxar trenós. As novas gerações foram nascendo cada vez mais dependentes e, por fim, os cães foram domesticados. Depois, passaram a ser símbolos de status na sociedade.
No século 2, os antigos romanos e chineses começaram a experimentar a seleção de espécies e criaram as raças (hoje, são mais de 400). Assim, podiam criar um cachorro para cada tipo de dono. Com isso, os animais ficaram menores, mais frágeis, menos bravos, mas ganharam mais doenças.
Agora, o chihuahua - raça de Chloe, a cadelinha do filme - é a queridinha da vez. Por ser a menor e a mais leve (varia de meio quilo a 3 quilos), cabe em todos os lugares. A fama da raça ficou ainda mais evidente depois que algumas celebridades, como Paris Hilton e Britney Spears, apareceram com seus cachorrinhos dentro de bolsas de grife e com coleiras cheias de brilhantes.
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