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quinta-feira, 16 de abril de 2009

O lado triste dos animais de circos

Por JOÃO CARLOS DE QUEIROZ

Volta e meia, assistimos circos se instalarem em Cuiabá e Brasil afora. Os circos nunca saíram de moda. Sempre estiveram na ponta da simpatia dos que gostam de se divertir à custa de palhaçadas, mágicas e malabarismos. Mas eles têm seu lado horripilante, maquiavélico, muito bem guardado nos bastidores. São os circos que empregam animais, escravizando-os, explorando e torturando esses inocentes até à morte, conforme aconteceu incontáveis vezes.

Faço esse preâmbulo para ressaltar a importância de circos que não utilizam animais-escravos nos seus espetáculos, a exemplo do excelente circo do ator Marcos Frota. Ou alguém acha divertido o processo de “treino” dos ursos, elefantes e tigres? Isso inclui queimaduras (ferros em brasa) ainda na fase infantil dos animais, surras memoráveis em vários momentos do dia e da noite, clausura em lugares escuros e apertados, decapitação de membros, presas, fome, frio, calor, etc.

Explica-se assim a revolta de alguns bichos (tigres, ursos, elefantes, leões) quando atacam seus domadores, por vezes devorando parte dos carrascos. Os animais querem ter certeza de que eles não vão viver, porque isso significaria - imaginam - a continuidade do cativeiro similar ao dos judeus na época do nazismo, atrocidade que Hitler comandou impunemente.

Em Montes Claros, Minas Gerais, em uma área onde hoje está sediado o novo prédio da Prefeitura, um domador matou um ursinho a pauladas diante de todos “os distintos espectadores do espetáculo”. Justamente porque o pobrezinho estava revoltado e assustado com tanta pancadaria, recusando-se a atender suas ordens. Acredito que ninguém aplaudiu esse assassino público, apesar de não mover uma palha em sua defesa e assistir o desenrolar dessa carnificina passivamente. O corpo da vítima foi resgatado pela UFMG, para estudos.

Cabe assim uma reflexão para que a sociedade brasileira comece a banir os circos que exploram animais. A pergunta de quem vai adquirir um ingresso circense deve(ria) ser esta: "Trabalham com animais?" Se for positiva, meia volta, uma forma de protestar contra essa covardia que os circos praticam há séculos contra os animais.

Há quem não tenha, compreensivelmente, a necessária gentileza para formular tal pergunta nos moldes acima, já disparando: "Vocês exploram animais para engordar seus cofres?" Ou: "Aqui também animais são trucidados no palco e confinados a uma existência gradeada e em locais escuros?"

O triste fato é que esses circos continuam desafiando a sociedade e as autoridades. Ao optar por uma cidade, chega ao cúmulo de desfilar com os animais prisioneiros pelas ruas centrais, anunciando o espetáculo covarde que sempre protagonizam. O ideal seria que as pessoas, além de não comprar ingressos, também se posicionassem em franca campanha pública contra a presença desses criminosos não confessos, pois o ato de exploração de qualquer animal já se constitui em crime, em si.

Fica, enfim, uma sugestão para que o Ministério Público Estadual e Federal, sempre acirrado em defesa de causas sociais diversas, entenda isso como uma afronta social e ao próprio Código Penal Brasileiro, fazendo valer as sanções para os exploradores de animais. Exploração de animais é um traço inequívoco de atraso de qualquer País.

JOÃO CARLOS DE QUEIROZ é jornalista profissional em Cuiabá. Fundador da Sociedade Norte Mineira Protetora dos Animais (MG) e Fundação Amigos da Natureza www.fundacaoamigosdanatureza.com.br, entidade que preside em Mato Grosso
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CIRCO SEM ANIMAL VALORIZA A ARTE

circo-animal

Ele simplesmente NÃO merece isso!

Não basta apenas não irmos ou não participarmos. É preciso que haja uma comunicação de forma que crie soluções e mudanças para que um animal não seja considerado uma “diversão” para uma platéia. Boicotar e lutar para proibir circos com animais de forma regional e global é a primeira coisa à ser feita, é a urgência. Mas também é preciso mudar o que pensam criadores, o que pensa a platéia, porque apenas proibir não resolve. As coisas voltam, leis não são absolutas, jamais serão.

É preciso pensarmos num veganismo que caminha junto com luta social, com melhoria de vida humana em todos os sentidos. Precisamos disso para que ignorâncias nossas não se voltem para nossos irmãos. Enquanto o ser humano for precário em suas relações uns com os outros, não teremos muito à conquistar.

Libertação Animal. Libertação Humana.

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