
mas sempre...

Número de animais mortos no mundo pela indústria da carne, leite e ovos, desde que você abriu esta página. Esse contador não inclui animais marinhos, porque esses números são imensuráveis.
Os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães. Natal, Ano Novo, Copa do Mundo, finais de campeonatos de futebol são ocasiões em que os animais mais se perdem de seus donos.
Todos os animais se assustam facilmente nas épocas festivas com o barulhos dos fogos e rojões. O pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino.
Procure evitar tudo isso garantindo condições mínimas de segurança, evitando ambientes conturbados e barulhentos (desde antes do espocar dos fogos), passe-lhe paz e tranqüilidade, e a sensação de que tudo está bem e sob controle.
Tudo isso pode ser evitado com prudência, atenção e um pouco de boa vontade.
Fugas - tornando-se animais perdidos, atropelados e que vão provocar acidentes;
Mortes - enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir; atirando-se de janelas; atravessando portas de vidro; batendo a cabeça contra paredes ou grades;
Graves ferimentos - quando atingido ou sem saber abocanhando um rojão achando que é algum objeto para brincar;
Traumas - com mudanças de temperamento para agressividade;
Ataques - investidas contra os próprios donos e outras pessoas;
Brigas - com outros animais com os quais convivem, inclusive;
Mutilações - no desespero de fugir chegam a se mutilar ao tentar atravessar grades e portões;
Convulsões (ataques epileptiformes);
Morte e alteração do ciclo reprodutor dos animais da fauna silvestre;
Afogamento em piscinas;
Quedas de andares e alturas superiores;
Aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil acesso;
Paradas cardiorespiratórias etc...
Recomendações para Com os Animais
Acomodar os animais dentro de casa, em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música;
Fechar portas e janelas para evitar fugas e suicídios;
Dar alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (torção de estômago, por exemplo);
Cobrir gaiolas de pássaros e checar cercados de animais (cabras, galinhas etc.);
Cobertores pesados estendidos nas janela abafam o som, assim como cobertores no chão ou um edredom sobre o animal;
Não deixar muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam até a morte. Tente deixá-los em quartos separados pois, na hora dos fogos, eles poderão morder-se uns aos outros, no desespero;
Um pouco antes da meia-noite leve seu animal para perto da tv ou de um aparelho de som e aumente aos poucos o volume de tal forma que ele se distraia e se acostume com um som alto. Assim não ficará tão assustado com o barulho intenso e inesperado dos fogos;
Procurar um veterinário para sedar os animais no caso de não poder colocá-los para dentro de casa. Animais acorrentados acabaram se enforcando em função do pânico;
Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos;
Assim como calmantes naturais que apresentam resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam o estresse.
Recomendações para Com os Gatos
Escolha um quarto da casa que tenha uma cama e um armário, e prepare para ser o quarto dos gatos no reveillon.
Abra um ou dois armários e coloque cobertores para forrar e formar tocas confortáveis;
Desarrume a cama e coloque cobertores formando tocas; tocas embaixo da cama também são boas;
Feche toda a janela, passe a cortina e, se possível, encoste um colchão na janela para abafar o barulho;
Água, comida e caixinha de areia devem ficar distribuídos estrategicamente pelo quarto, sempre encostados na parede, para evitar serem derrubados e tudo acabar na maior sujeira;
Tire qualquer coisa que possa ser derrubada, quebrada, derramada;
Feche os gatos neste quarto a partir dos primeiros rojões e deixe-os lá. Deixá-los soltos aumenta o medo, a correria e o desespero, e eles acabam se enfiando em lugares como embaixo da máquina de lavar e da geladeira;
Para quem mora em casa, com gatos que tem acesso à rua, recolha os gatos antes do pôr-do-sol e feche-os da mesma maneira. Na rua é mais perigoso, pois, quando se assustarem, podem se perder. Além disso, podem ser alvo de maus-tratos;
As essências abaixo, combinadas, funcionam bem tanto para cães quanto para gatos:
rescue + mimulus + aspen + rock rose + cherry plum
Mande fazer em qualquer farmácia de manipulação ou homeopática SEM ÁLCOOL
NEM GLICERINA, e guarde na geladeira (dura todo o vidrinho, apesar de dizerem na farmácia que dura só 2 dias).
Dê 4 gotas, 4 vezes ao dia.
Comece a ministrar o Floral uns 2 dias antes das comemorações.
EM PAÍSES DA EUROPA SÓ É PERMITIDO SOLTAR FOGOS EM ÁREAS PREVIAMENTE ESTABELECIDAS PARA NÃO PREJUDICAR A FAUNA.
PREVENIR É O IDEAL, POIS SÃO POUCOS OS VETERINÁRIOS DISPONÍVEIS NO PRIMEIRO DIA DO ANO.
Você é a favor da manutenção de animais silvestres e exóticos nos circos brasileiros? Não. Foi o que disseram 82% dos votantes. Com esta resposta, veiculada no site da Comissão de Educação e Cultura (CEC), da Câmara dos Deputados, os parlamentares já têm o que faltava para que seja incluído na pauta de votação o PL 7291/2006, na forma do seu substitutivo. A proposta, que já foi aprovada por unanimidade na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) proíbe a utilização de animais em circos no território brasileiro. No final de 2007, o relator da matéria na CEC, deputado Antonio Carlos Biffi (PT-MS) apresentou parecer favorável à aprovação do projeto.
Pouco antes dessa enquete, outra pesquisa foi divulgada pelo programa Fantástico/Rede Globo, sobre o mesmo tema. Nesta pesquisa, 96% dos brasileiros disseram não aos espetáculos circenses com animais. Tão logo veiculada a matéria do programa televisivo, a assessoria do presidente da CEC, deputado João Matos (PMDB-SC) divulgou nota no site. Diz a nota que “realmente percebe-se que a sociedade está dividida quanto à matéria, pondera o presidente da Comissão de Educação e Cultura”. Mas os números contrariaram o texto do parlamentar e, mais uma vez, os brasileiros disseram não aos animais em circos - foi o que revelou a enquete no site do relator da matéria, deputado Biffi.
A proposta que tramita no Congresso Nacional contabiliza três cancelamentos de audiência pública na CEC. Até o momento, nada indica que será marcada nova data para este ano. O lançamento de uma Frente Parlamentar em Defesa do Circo Brasileiro chegou a ser anunciado, para o dia 4 de novembro, mesmo dia da última audiência cancelada. Mas a Frente só foi lançada hoje, 11 de dezembro. A iniciativa é dos deputados Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Antônio Carlos Biffi (PT-MS) e Frank Aguiar (PTB-SP), que contam com a mobilização empreendida pelo palhaço Plin Plin, que quer ver a matéria aprovada na Casa. "O interesse é que a Frente abra espaço para discutir as questões que dizem respeito à família circense. Escolas para os nossos filhos, nossa profissão respeitada e reconhecida", revela.
Plin Plin se diz favorável à proibição dos animais silvestres e exóticos. Segundo ele, esta é uma discussão para envolver o IBAMA e as instituições de proteção. "Não temos dinheiro para nos manter, que dirá para alimentar animais de grande porte", pondera. O artista revela que a discussão quanto aos animais domésticos, essa sim, segundo ele, deve ser feita pela Frente Parlamentar. "A grande maioria dos circos pequenos tem animais domésticos. Precisamos saber o que será feito deles".
Frente Parlamentar
A Frente Parlamentar só foi lançada em 11 de dezembro. Curiosamente, os parlamentares autores da iniciativa não compareceram ao seu lançamento. A Promotora de Justiça Kátia Christina Lemos, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, o Analista Ambiental do IBAMA, Roberto Cabral Borges, e a Médica Veterinária e Consultora da WSPA, Dra. Ana Nira Junqueira, compareceram ao evento. Durante o lançamento da Frente, Kátia Lemos e Roberto Cabral apresentaram uma série de fatos que justificam a urgência da aprovação do PL 7291/06. Em agosto deste ano, a promotora ajuizou uma ação contra o Le Cirque por maus-tratos aos animais. O relatório elaborado pelos órgãos ambientais que participaram da operação Arca de Noé registra uma série de problemas relativos à segurança, saúde pública e maus tratos aos animais.
Charliston Monteiro, proprietário do Circo Mágico Moscou, também compareceu ao lançamento. Monteiro participa da campanha "Circo sem animal é mais legal" promovida pelo Projeto GAP Brasil em parceria com outras instituições de proteção animal, entre elas a WSPA. No evento, ele relatou aos presentes as pressões que vem sofrendo desde que optou por não utilizar animais em seus espetáculos. Em outubro, a lona do Circo Mágico acolheu uma ação educativa para cerca de dois mil alunos de escolas públicas e particulares do Distrito Federal e seus professores.
Em carta enviada aos parlamentares, Ângela Caruso, presidente da ONG Quintal de São Francisco, questionou: “Afinal, defender o circo? Ou defender os circos com animais que estão com os dias contados (mundialmente)? Se acaso falamos da primeira premissa, unimo-nos à iniciativa. Se acaso tratamos da segunda, manifestamos repúdio e vergonha”. Segundo ela, “tal atitude é inerente à violência arraigada nas atividades e práticas daqueles intitulados mantenedores de animais, que objetivam ‘divertir’ humanos”.
Inconformados com a indefinição dos parlamentares quanto à tramitação do PL na CEC, diversas instituições de proteção animal fizeram um protesto no Congresso Nacional e divulgaram uma carta à sociedade brasileira, parlamentares e autoridades. O documento registra que “as condições impostas aos animais em circos são extremamente penosas e abusivas, além de oferecerem riscos sanitários e de segurança para a população, e de irem contra a Política Ambiental brasileira”. Um kit contendo farto material sobre estas constatações também foi entregue aos deputados.
No Brasil, 50 municípios e cinco Estados já aprovaram leis que proíbem o uso de animais em espetáculos circenses. Para saber mais, clique aqui.
Como você pode ajudar
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Brasil
Instituições protetoras se unem para diminuir o sofrimento de humanos e de animais na tragédia de SC (11/12/2008)
Os números da tragédia ocorrida
Um levantamento da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do Estado (Cidasc) indica que mais de 1,5 mil animais de grande porte mortos nas enchentes foram enterrados. A região de Itajaí registrou o maior número – 1,3 mil bovinos, 200 ovinos e sete eqüinos. A recomendação dos especialistas é para que os animais de pequeno porte – gatos, cachorros, roedores e aves - mortos em áreas urbanas, sejam colocados em sacos plásticos e encaminhados aos aterros sanitários.
De acordo com a Associação Itajaiense de Proteção aos Animais – AIPRA - estima-se entre setecentos e mil cães mortos. “Muitos foram abandonados ou esquecidos pelos donos. Alguns não puderam ser retirados das casas”, diz o presidente da associação Roberto Antônio Pereira.
Ação
O Instituto Ambiental Ecosul reuniu-se com diversas ONGs, representantes da Defesa Civil e autoridades veterinárias e sanitárias e está percorrendo áreas atingidas, para visitar abrigos e outros locais de manutenção de animais, assim como contribuindo no resgate de outros em áreas de risco. A instituição está coordenando a rede solidária no recebimento e distribuição das contribuições enviada por pessoas e outras instituições de proteção animal do país.
A WSPA está contribuindo com recursos financeiros, enviados ao Instituto Ecosul, além do apoio técnico em campo da médica veterinária e Gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil, Drª Mônica Almeida. A gerente também deverá reunir-se com representantes da Anclivepa e do Conselho Regional de Medicina Veterinária para tratar de atividades de vacinação e outras ações emergenciais.
Halem Guerra Nery, coordenador do Ecosul, está à frente dos trabalhos da RESA, coordenando a logística das doações para que todos os recursos financeiros e materiais cheguem ao seu destino e minimizem o sofrimento dos animais. Segundo ele, a instituição deverá publicar um balanço das doações recebidas, assim como a destinação das mesmas. Nery integra um grupo que está percorrendo diversas regiões, incluindo a localidade denominada “Morro do Baú”,
Em seu relato sobre a situação encontrada nos locais visitados, Halem disse que muitos canis foram atingidos pelas enchentes. “A situação é alarmante em todos os locais, sendo que em Florianópolis não há tantos problemas quanto nas demais”, afirma. Segundo ele, a Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB montou uma estratégia para dar os primeiros socorros aos animais e conta com o apoio de veterinários e estudantes voluntários. O coordenador explica que a estimativa é de que
Bárbara Alebrecht, da Associação Protetora de Animais de Blumenau, afirmou que a ajuda que chega de outras instituições e pessoas é grande. “Temos recebido tanto em espécie como em ração e medicamentos, além de palavras de conforto e solidariedade de todos”, diz ela.
Reflexão
Em carta divulgada no início de dezembro, 18 professores de universidades catarinenses e centros de pesquisa alertam para necessidade de se fazer uma reflexão sobre a tragédia
No texto, os professores enfatizam como se dá a dinâmica natural dos solos e regime climático e defendem que as alterações desse arranjo, feitas pela ação humana, foram as principais causas dos movimentos de massa que ocorreram em toda a região. “Portanto, precisamos evoluir muito na forma de gestão urbana e rural e encontrar mecanismos e instrumentos que permitam a convivência entre cidade, agricultura, rios e encostas. Por isso tudo, essa catástrofe é um apelo à inteligência e à sabedoria dos novos ou reeleitos gestores municipais e ao governo estadual, que têm o desafio de conduzir seus municípios e toda Santa Catarina a uma crescente robustez aos fenômenos climáticos adversos", concluem.
A tragédia ocorrida
Affonso Camargo é autor do projeto de lei que cria a política de controle de natalidade de cães e gatos, atualmente tramitando no Senado. A expectativa do parlamentar é que o senador Alberto Lima, relator da matéria, divulgue seu parecer para que seja apreciado tão logo o Congresso inaugure o ano legislativo de 2009. “Acredito que tanto o meu projeto quanto o substitutivo ao PL7291/2006, que proíbe o uso de animais em circos, avançarão logo no início do próximo ano”, avalia.
Para Sônia Fonseca, presidente do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o maior ganho deste ano fica por conta do próprio movimento de proteção. “Avançamos no diálogo com as diversas casas legislativas e cada vez mais as pessoas agem com lucidez em relação ao bem-estar animal. Estou otimista quanto à aprovação de projetos importantes no próximo ano”, afirma.
Elizabeth MacGregor, Gerente de Desenvolvimento da WSPA Brasil, também aplaude o envolvimento e os avanços alcançados pelas instituições protetoras. MacGregor ressalta os espaços abertos para o debate sobre o bem-estar animal nas esferas municipal, estadual e federal, e cita como exemplo as iniciativas para equacionar questões relativas aos eqüideos nos grandes centros urbanos.
Mobilização
Ricardo Tripoli, coordenador do grupo de trabalho de Fauna, foi responsável pela apresentação de diversos requerimentos e projetos de lei voltados à proteção ambiental. Como relator do projeto de consolidação das leis ambientais brasileiras, Tripoli teve importante vitória, tendo conseguido aprovar a proposta, na forma de substitutivo, por unanimidade. “Em 2008 continuei trabalhando em prol da melhor qualidade de vida para a população, em defesa da vida animal e preservação ambiental. Tenho o maior orgulho de representar os ambientalistas e protetores dos animais no Parlamento”, afirma.
Um grande acerto da Frente Ambientalista pode ser creditado ao lançamento da Plataforma Ambiental aos Municípios, iniciativa realizada em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, por meio do diretor de Mobilização Mário Mantovani. O documento foi elaborado com o intuito de oferecer uma ferramenta para reforçar o compromisso dos candidatos com os eleitores em relação aos temas ambientais. Para Mantovani, a Plataforma pode ser vista como uma ponte do Parlamento nos governos locais. “É uma forma de se fazer as conexões necessárias para que o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) funcione de forma integrada.
Entre os temas da agenda temática da Plataforma está o da Fauna, que inclui a proposta de uma legislação que aumente a proteção e os níveis de bem-estar dos animais, e promova fiscalização eficiente. “O que mais me impressionou em relação a esta iniciativa foi constatar como o tema de proteção animal é agregador. Mobilizou muita gente e será um aspecto positivo no novo quadro político dos municípios, uma vez que muitos dos candidatos que assumiram a Plataforma foram eleitos”, revela.
Para Peter Davies, Diretor Geral da WSPA, “a relevância do bem-estar animal para os países do G77 é clara. Do total de 1 bilhão de pessoas que integram as populações mais pobres do mundo, cerca de 750 milhões dependem totalmente dos animais para sobreviver”.
De acordo com a assessoria jurídica da deputada Jusmari, o PL não entra no mérito das questões levantadas pela reportagem, por que a matéria proposta pela parlamentar parte da premissa de que os animais são amados e cuidados pelos praticantes da vaquejada. Ainda segundo a assessoria, “a deputada é uma agricultora que ama as terras, os animais e sua intenção é tão somente instituir a data para uma prática que já existe, é realidade e faz parte da cultura brasileira”.
Dezenas de donos de carroças e animais de tração, da região do Litoral Norte de Maceió, participaram hoje pela manhã da primeira etapa do "Projeto Carroceiro Legal", desenvolvido pelo Ministério Público Estadual, em parceria com Prefeitura de Maceió, lideranças comunitárias e o Núcleo Educacional Ambiental São Francisco de Assis (NEAFA).
Os carroceiros foram cadastrados por funcionários da SMTT e da Secretaria Municipal de Ação Social, e receberam panfletos do NEAFA com orientações sobre os cuidados que devem ter com os animais. O atendimento começou pela manhã, na sede da Associação do Ministério Público Estadual (Ampal), vizinho ao Clube da OAB, na Praia de Jacarecica.
Segundo a promotora de Justiça Dalva Tenório, do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente, a receptividade dos carroceiros foi muito boa, não só em comparecimento como também em relação ao projeto, que tem como objetivo melhorar as condições de trabalho dos donos de carroças e assegurar a sanidade dos seus animais: cavalos, bestas, éguas e burros.
"Eles compreenderam o objetivo do projeto e se dispuseram a ajudar no que for preciso, alguns inclusive já tinham cadastro na Prefeitura, mas aproveitaram a oportunidade para atualizar os dados e receber orientações importantes sobre os cuidados que precisam ter com seus animais", afirmou a promotora.
Dalva Tenório disse ainda que nessa primeira etapa foram atendidos os carroceiros e donos de cavalos que residem na região da Vila Emater I e II, Jacarecica, Sítio São Jorge, Cruz das Almas, Mangabeiras e adjacências.
De acordo com a promotora, nas próximas etapas, outros bairros receberão o atendimento do Projeto Carroceiro Legal. "Estamos pensando em realizar a proxima etapa no Tabuleiro e depois na região do Trapiche", adiantou Dalva Tenório.
Para a promotora, o importante é que os carroceiros e donos de animais de tração compareçam a esses encontros, que serão divulgados na imprensa, para que possam ter acesso aos serviços que poder público estará oferecendo a eles e seus animais.
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Estado de Pernambuco cria a primeira Delegacia de Meio Ambiente
(Julho de 2008)
A luta das instituições ambientalistas e de proteção animal é antiga, mas só recentemente, em 26 de junho, com a publicação do Decreto 32004 no Diário Oficial, o Estado de Pernambuco passou a contar com a primeira Delegacia de Meio Ambiente e de Infrações de Menor Potencial Ofensivo (DIMPO). O decreto determina que a delegacia atue com exclusividade no Recife e no resto do estado quando a apuração exigir maior especialização.
Na prática as funções da nova delegacia vinham sendo desempenhadas pela DIMPO, sob a chefia da delegada Helga Queiroz. Segundo ela, a nova denominação, além de definir atribuições, dá mais visibilidade, para que a população possa denunciar os crimes cometidos contra a fauna e flora.
A criação da Delegacia de Meio Ambiente não exclui as demais de atuarem no recebimento de queixas e repressão aos crimes ambientais. De qualquer forma, tanto os especialistas quanto os ambientalistas atribuem ao novo órgão importância no sentido de uma atuação mais qualificada em relação aos temas de sua competência.
Para Maria Padilha, presidente da Associação de Amigos Defensores dos Animais e do Meio Ambiente (AADAMA), instituição vinculada à Sociedade Mundial de Proteção Animal (World Society for the Protection of Animals – WSPA), este é um passo importante para a prevenção e a repressão aos crimes contra o meio ambiente, especialmente no tocante aos maus-tratos aos animais. “Mas é preciso que sejam garantidos os recursos, equipamentos e a capacitação da equipe para o bom desempenho das atividades”, comenta.
Esta preocupação ficou registrada no manifesto encaminhado ao governador de Pernambuco, Eduardo Henrique Accioly Campos, por cerca de 60 instituições ambientalistas e de proteção animal, tendo a AADAMA na liderança do movimento que pedia a criação da delegacia. Além do manifesto, as instituições entregaram um projeto ao Chefe da Polícia Especializada, Oswaldo Morais, no qual faziam sugestões para a criação da Delegacia de Meio Ambiente.
O projeto encaminhado registra o desconhecimento da legislação relativa aos crimes ambientais por parte da comunidade e a falta de um órgão público que atenda satisfatoriamente às denúncias recebidas pelas ONGs ambientalistas e de proteção animal. Segundo o documento, esse contexto contribui para a violência contra a fauna e a flora, dificultando ações eficazes no combate aos crimes praticados.
No manifesto, as instituições reafirmam a importância da medida para assegurar a participação comunitária no trato das questões ambientais, formação da consciência ecológica e cumprimento dos preceitos constitucionais e da Política Estadual de Proteção ao Meio Ambiente.
Padilha faz questão de destacar a atuação da delegada Helga nas ações de repressão aos crimes e em apoio à mobilização das instituições ambientalistas e de proteção animal. A presidente ressalta ainda o apoio decisivo dado pela WSPA e pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, que encaminharam carta ao Governador do Estado e ao Secretário de Defesa Social, registrando a importância dessa medida.
De acordo com a presidente da AADAMA, as mesmas instituições que assinaram o manifesto deverão encaminhar novo documento de agradecimento ao governador, além de reiterar a necessária demanda por equipamentos, infra-estrutura e pessoal, incluindo a criação da linha 0800 para facilitar as denúncias por parte da população.
A elaboração de uma cartilha e cartazes informativos também estão nos planos da AADAMA, em parceria com a Delegacia do Meio Ambiente.
Criado pela Lei 12153, de 6 de dezembro de 2006, o Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (CMPDA) de Campinas, São Paulo, teve a sua primeira reunião realizada em 30 de junho deste ano. O Conselho é vinculado à Secretaria Municipal de Saúde e atuará na consolidação da política municipal de defesa e proteção dos animais e na adoção de medidas de saúde pública para o controle das zoonoses.
Para Miriane de Almeida Fernandes, presidente do Instituto de Valorização da Vida Animal (IVVA), entre as várias reivindicações feitas ao poder público, esta é considerada uma conquista fundamental para melhoria das condições de vida dos animais em Campinas. Segundo ela, a instalação do Conselho permitirá a participação social na busca de soluções para os problemas relativos ao bem-estar dos animais.